.:meu eu:.

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"Ela tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna". De nada mais sei...senão que existir é incompreensível e encantador. Escrever é um momento de lucidez e prece, uma forma de levar o coração para pegar sol na busca de fazer florescer o que mais nos importa.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

"Sorrindo com as lembranças"



"Quero o abraço, mas também quero o sopro, o beijo e necessito do consolo. Quero saber que te tenho comigo e que você está sempre pensando em mim. Quero ter a certeza de que posso contar com você, contar a você e contar por você. E que quando eu fechar meus olhos e imaginar o futuro, você vai estar lá comigo, porque embora o destino tenha levemente bifurcado nossa caminhada, vejo tuas pegadas por onde passo e sinto a tua mão me guiando. Nossos sonhos... Os mesmos. E nossa vontade de realizá-los foi sutilmente modificada (momentaneamente). Mas quando eu te tiver......... Vou te amar do jeito certo...16/11/11"


Depois de algum tempo a gente aprende, entre tantas coisas da vida, que a distância não significa algo quando o querer  e o amor ultrapassam qualquer sentimento vil.
O fuso, a quilometragem, a longitude dos olhos são apenas meros detalhes que desaparecem diante de um ideal tão precioso que é o amor recíproco nos dias de hoje.
Nossos planos de anos atrás se concretizarão, nossas viagens serão intermináveis, nossos cafés, os melhores.
O hoje nos faz imaginar aquele "futuro", é, ele chegou sem data para partir, com passagem só de ida.
Diz o velho e certo ditado "o que é pra ser seu, chega até você", entre caminhos tortuosos e "bifurcados", entre silêncios gritantes, a esperada fase chegou (ou até mesmo capricho do destino) e junto com ela, você nos meus braços.
Nossos sonhos, os mesmos, e a vontade de realizá-los, maior do que o infinito.Tenho plena certeza que posso contar a você e com você.
E assim sempre será, desde a primeira madrugada no caminho, até o pra sempre...

sexta-feira, 25 de abril de 2014



O amor desbasta o ego. Enxuga excessos. Delata as mínguas. Transforma as mágoas. Destrona arrogâncias e idealizações. Desmancha certezas e tece oportunidades. Bagunça a autoimagem todinha, piedade zero, culpa nenhuma. O amor percorre territórios devastados da alma com a calma necessária para reflorestar um a um. Dissolve neblinas. Revela o sol. Destece máscaras. Reinaugura a humildade. Faz ventar. Faz chorar. Faz sorrir. Faz tempestade um monte de vezes pra dizer também céu azul um monte de vezes depois.” A. Jácomo.

domingo, 23 de março de 2014



No meu silêncio, vivi por algum tempo, talvez a inspiração não transbordava no papel, apenas o monossilabismo temeroso 

e sonolento que se sobressaiu às letras debruçadas numa folha.

Estou desconfiada de que a gente cresce quando começa a aprender, com o sentimento, muito além da retórica, a não

 permitir que uma desilusão ou outra nos afaste de nós mesmos e nem dos nossos sonhos mais bonitos. Estou 

desconfiada de que a gente cresce quando é capaz de entender que estar vivo é perigoso, sim, é trabalhoso, sim, mas 

também é uma oportunidade rara e imperdível. Que há que se pagar o preço, se a ideia é ser feliz e inteiro.

A idéia óbvia de que não se pode perder de vista o que resta viver, ou até mesmo o que não foi vivido, o que impulsiona e 

dá aquele velho frio na barriga arraigado com a vontade de dançar mais vezes, se encantar mais vezes, admirar mais vezes, 

e sintonizar o que há de mais puro e leve, com muita delicadeza e entusiasmo, são as fáceis trocas afetivas que fluem 

dentro da gente.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Ai, outubro.



Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo. É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.
Me cuidarei, pode deixar. Me cuidarei para estar inteira amanhã de novo, para te ver de novo. Me cuidarei para nunca encontrares um arranhão sobre a minha pele. E cuidarei do meu humor, dos meus cabelos, cuidarei para não perder a hora (…) cuidarei para não te esquecer, vou me cuidar. Me cuidarei ao atravessar a rua, me cuidarei para não pegar um resfriado, me cuidarei para não ficar doente. Me cuidarei, meu amor.

segunda-feira, 25 de março de 2013



Em tempos em que quase ninguém se olha nos olhos, em que a maioria das pessoas pouco se interessa pelo que não lhe diz respeito, só mesmo agradecendo àqueles que percebem nossas descrenças, indecisões, suspeitas, tudo o que nos paralisa, e gastam um pouco da sua energia conosco, insistindo.
Martha Medeiros



Os sentimentos são simples. Você gosta ou não. Você gosta porque gosta, porque o outro é importante, porque ele te dá alguma paz, porque ele faz o teu sono ser mais tranquilo. Você não gosta porque o outro te dá arrepios ou não te dá coisa alguma. A gente complica muito as coisas vendo chifre em cabeça de galinha, enxergando o que não existe e nunca vai existir.

O ciclo.



Cazuza ainda dizia, lá no meio dos versos, que pega mal sofrer. Pois é, pega mal. Melhor sair pra balada, melhor forçar um sorriso, melhor dizer que está tudo bem, melhor desamarrar a cara. “Não quero te ver triste assim”, sussurrava Roberto Carlos em meio a outra música. Todos cantam a tristeza, mas poucos a enfrentam, de fato. Os esforços não são para compreendê-la, e, sim, para disfarçá-la, sufocá-la. Ela que, humilde, só quer usufruir do seu direito de existir, de assegurar seu espaço nesta sociedade que exalta apenas o oba-oba e a verborragia, e que desconfia de quem está calado demais. Claro que é melhor ser alegre que ser triste (agora é Vinícius), mas melhor mesmo é ninguém privar você de sentir o que for. Em tempo: na maioria das vezes, é a gente mesmo que não se permite estar alguns degraus abaixo da euforia.
Martha Medeiros